Pesquisa apresenta dados animadores sobre os impactos do café no envelhecimento

Novas evidências sugerem que o consumo moderado de café pode estar associado a um envelhecimento mais saudável. Uma pesquisa de longo prazo, apresentada na reunião anual da Sociedade Americana de Nutrição (American Society for Nutrition), analisou dados de 47 mil enfermeiras acompanhadas desde a década de 1980.

Os resultados indicam que participantes do sexo feminino na meia-idade que ingeriam aproximadamente 315 mg de cafeína diária (equivalente a 1–3 xícaras de café tradicional) apresentaram maior probabilidade de atingir os 70 anos sem doenças crônicas significativas. Essas mulheres também mantiveram melhores funções físicas, saúde mental preservada e ausência de comprometimento cognitivo ou perda de memória.

ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL

O estudo, ainda não revisado por pares, definiu “envelhecimento saudável” como a ausência de 11 doenças crônicas graves (incluindo problemas cardíacos), combinada com autonomia funcional e saúde mental e cognitiva íntegras. Segundo a pesquisadora Sara Mahdavi, da Universidade Harvard, os pontos fortes da investigação incluem a grande amostragem, três décadas de acompanhamento e avaliação multidimensional da longevidade.

Aspectos relevantes do estudo:

  • O café com cafeína mostrou maior correlação com envelhecimento saudável que chá ou café descafeinado;
  • Refrigerantes cafeinados apresentaram associação negativa com os indicadores de saúde;
  • Não foi estabelecida relação causal direta, mas soma-se a evidências sobre potenciais benefícios.

Além de aumentar o estado de alerta (pelo bloqueio da adenosina, neurotransmissor relacionado ao cansaço), pesquisas associam o consumo moderado de café a:

  • Redução do risco de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares;
  • Proteção contra condições neurodegenerativas (Alzheimer, Parkinson);
  • Melhora no desempenho físico e humor;
  • Menor risco de mortalidade precoce em idosos.

Reservas importantes:

1. Aditivos como açúcar e adoçantes artificiais podem neutralizar benefícios e aumentar riscos de diabetes/obesidade;
2. Excesso pode causar distúrbios do sono e elevação do estresse;
3. Não há evidências de que iniciar o consumo na maturidade gere os mesmos efeitos;
4. Fatores como dieta balanceada, exercícios e sono adequado permanecem essenciais para o envelhecimento saudável.

Wellington Torres

Editor da AGSP. Jornalista de coração e alma, pós-graduado em Assessoria de Comunicação e Mídias Digitais (Anhembi Morumbi) e em Marketing/Analytics (Anhanguera). Heavy user de redes sociais e fã de tecnologia. "Agora eu tenho visto" 🇺🇸 #LetsgotoUSA2025

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