Saúde | Quatro coisas importantes que você precisa saber sobre a bioimpedância
A bioimpedância elétrica é um exame destinado à avaliação da composição corporal, ao estimar a massa magra, gordura corporal, água corporal total, entre outros dados com informações mais precisas sobre o estado nutricional do paciente. O assunto foi amplamente debatido aqui na Agência na última semana e resolvemos pesquisar mais sobre o tema. É interessante observar: apesar de não ser capaz de detectar nenhuma doença, o procedimento auxilia diretamente no diagnóstico do excesso de peso.
Compartilhamos a seguir a explicação do Professor Rafael Baptista, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).
1. Como funciona a bioimpedância?
Cada tecido do corpo possui uma resistência (também chamada impedância) à corrente elétrica dos eletrodos, e é assim que os índices são calculados e emitidos em um laudo. Antes de realizar a bioimpedância, é necessário passar por uma preparação prévia, pois os índices de líquidos no corpo, por exemplo, podem alterar os resultados.
2. Por que realizar esse exame?
Os resultados, ao serem interpretados por profissionais da saúde, têm diferentes utilidades.
Através deles é possível observar se a pessoa possui um volume de gordura ou de músculos adequado à sua idade e ao seu gênero, identificando, por exemplo, se há risco de desenvolver obesidade ou doenças crônico-degenerativas que podem surgir em razão do sobrepeso. Com esses dados é possível intervir antes que esses problemas aconteçam”, explica o professor.
3. Ajuda nos esportes?
Baptista considera importante realizar esse exame ao iniciar um programa de exercícios: “Apesar de não ter uma influência direta no treino, a bioimpedância pode ajudar o profissional de Educação Física a determinar quais exercícios serão realizados, se serão mais focados na perda de gordura ou no ganho muscular”, afirma. Dessa forma, o treino se torna personalizado.
4. Você sabia que ela analisa diferentes tipos de gordura?
Enquanto a maior parte dos exames e métodos utilizados para medir a composição corporal avaliam apenas a gordura subcutânea, que, como o próprio nome já diz, localiza-se embaixo da pele e é menos prejudicial à saúde, a bioimpedância analisa, também, a gordura visceral.
Essa última se desenvolve atrás dos músculos, junto aos órgãos e é responsável por inúmeros problemas de saúde. Ela promove um aumento de doenças cardiovasculares, da insulina e da glicemia, hipertensão e síndrome metabólica. Além disso, ela pode ampliar a inflamação nos órgãos e reduz a quantidade de adiponectina, um hormônio responsável por acelerar o metabolismo. Sua falta dificulta a queima de gordura.