A condenação de Bolsonaro e sua entourage vai muito além do que o 8 de janeiro

Todo extremismo é perigoso – seja ele de esquerda, de direita ou de extrema-direita. A história mostra que, quando o radicalismo toma conta da política, quem paga o preço é sempre o povo, a liberdade e a democracia.

A condenação de Jair MESSIAS Bolsonaro é, ao mesmo tempo, um marco e um alerta. Ela simboliza a indignação da maioria dos brasileiros diante de um governo que tentou empurrar o país para o abismo do autoritarismo. O 8 de janeiro de 2023 foi a prova mais dura desse processo: uma tentativa de golpe, um ataque frontal às instituições e uma ameaça real de retorno aos anos de chumbo.

Não foi um ato isolado. Os acontecimentos que antecederam aquele dia – discursos inflamados, a criação de inimigos internos, a manipulação das redes sociais e a omissão criminosa diante da pandemia de Covid-19 – compuseram um cenário de divisão e caos. Bolsonaro e sua entourage transformaram o sofrimento em palco político. Quando o Brasil mais precisava de liderança, o presidente debochou da dor das famílias, minimizou a gravidade da crise sanitária e deixou claro o seu desprezo pela vida.

É nesse contexto que precisamos reafirmar: o Brasil não é colônia de ninguém. É um País soberano, construído com o suor de seu povo e com o direito inalienável de decidir os rumos do próprio futuro. Mas a soberania só existe quando há democracia. E democracia não se sustenta em ódio, radicalismo ou manipulação.

Nosso desafio é encontrar a unidade possível na diversidade de ideias. O debate político precisa ser vigoroso, mas sempre guiado pelo respeito às instituições, pela valorização da vida e pelo compromisso com o bem coletivo.

O Brasil só será livre quando compreender que a verdadeira independência está no desenvolvimento sustentável, no aproveitamento responsável de suas riquezas naturais e na construção de um projeto de nação que inclua todos. Caminhar juntos, mesmo com diferenças, é o que nos torna mais fortes.

A prisão de Bolsonaro deve servir não como motivo de comemoração, mas como lição: nunca mais permitiremos que o extremismo e a irresponsabilidade coloquem em risco a democracia brasileira.

Daniel Lucas Oliveira

Diretor na Agência de Comunicação Grita São Paulo I Jornalista Formado I Pós-Graduação em Globalização & Cultura I Especialista em Comunicação Institucional I Consultor Político I Estratégico em Ações Políticas e Sociais

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