Conheça alguns mitos e verdade sobre a Hanseníase e como combater o preconceito

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Hanseníase é uma das doenças mais envoltas em estigmas e preconceitos, atualmente. Infelizmente, uma grande parcela da população ainda não sabe da possibilidade de tratamento e cura. A doença é causada por uma bactéria que acomete pessoas de qualquer idade, atingindo a pele e os nervos periféricos. De acordo com o Ministério da Saúde, o contágio só acontece após longos períodos de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece.

As lesões causadas pela hanseníase podem gerar deficiências físicas que figuram como o principal responsável do estigma e discriminação. O Brasil ocupa, atualmente, a segunda posição no ranking global de países com novos casos de hanseníase. 

➡️ SINAIS E SINTOMAS

▪️ Manchas brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas e/ou áreas da pele com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e ao frio) e tátil, dolorosa ou não;

▪️ Comprometimento de nervos periféricos (geralmente, espessamento ou engrossamento), associado a alterações sensitivas, motoras ou autonômicas;

▪️ Áreas com diminuição de pelos e de suor;

▪️ Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente nas mãos e nos pés;

▪️ Diminuição ou ausência de sensibilidade e força muscular na face, nas mãos ou nos pés;

▪️ Caroços ou nódulos no corpo, em alguns casos, avermelhados e dolorosos.

➡️ TRANSMISSÃO 

A transmissão acontece quando uma pessoa com hanseníase, na forma infectante da doença, sem tratamento, elimina o bacilo para o meio exterior, infectando outras pessoas suscetíveis, ou seja, com maior probabilidade de adoecer. O bacilo é eliminado pelas vias aéreas superiores (espirro, tosse ou fala) e não por objetos utilizados pelo paciente. Também é necessário contato próximo e prolongado, sendo que doentes (de poucos bacilos) não são considerados importantes fontes de transmissão.

➡️ DIAGNÓSTICO

Os casos são diagnosticados por meio de exame físico geral dermatológico e neurológico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade, comprometimento de nervos periféricos e alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas. Casos suspeitos de comprometimento neural, sem lesão cutânea, e aqueles que apresentam área com alteração sensitiva duvidosa, mas sem lesão cutânea evidente, devem ser encaminhados para unidades de saúde de maior complexidade.

➡️ CADERNETA

Ainda segundo o ministério, a Caderneta de Saúde da Pessoa Acometida pela Hanseníase, entregue no momento do diagnóstico, figura como uma ferramenta para que o paciente acompanhe e registre seu tratamento e tenha em mãos orientações sobre a doença, direitos e o autocuidado.

➡️ DISCRIMINAÇÃO

O estigma e a discriminação, de acordo com a pasta, podem promover a exclusão social e resultar em interações sociais desconfortáveis, que trazem sofrimento psíquico e limitam o convívio social. “Essa importante particularidade da hanseníase pode interferir no diagnóstico e adesão ao tratamento, perpetuando um ciclo de exclusão social e econômica”.

MITOS E VERDADES 🤔

Confira, a seguir, fatos e mitos sobre a hanseníase listados pelo Ministério da Saúde:

📌 É possível pegar hanseníase pelo abraço ou uso de talhares e roupas: FALSO

📌 A doença é transmitida por meio de contato próximo e prolongado: VERDADEIRO

📌 A hanseníase é de transmissão hereditária: FALSO

📌 A doença é transmitida de pessoa para pessoa: VERDADEIRO

📌 A hanseníase pode ser curada por meio de tratamento caseiro: FALSO

📌 O tratamento é distribuído gratuitamente pelo SUS: VERDADEIRO

📌 Pessoas com hanseníase devem ser afastadas do convívio familiar e social: FALSO

📌 A hanseníase tem tratamento e cura: VERDADEIRO

📌 Só transmite a hanseníase quem não está em tratamento ou irregular: VERDADEIRO

Dados: EBC – Empresa Brasil de Comunicação

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