Graves problemas sociais no Brasil caem no esquecimento após vitória de Jair Bolsonaro
O discurso de posse do 38º presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, perdeu o contexto histórico e serviu de palanque eleitoral para reafirmar posições de extrema direita, algo desnecessário para uma autoridade eleita democraticamente pelo voto direto. Talvez, mal assessorado ou movido pelo ódio, o Chefe de Estado esqueceu de enfatizar soluções de problemas urgentes deixados de lado, além de apontar caminhos para a união de um País novamente dividido, por convicções egoístas e de grupos específicos.
O Brasil respira por aparelhos, porque temos uma sociedade machucada, sem rumo e liderada por pessoas compromissadas com os grandes empresários e contrárias aos interesses populares. Desde 2016, os ataques são constantes aos direitos dos trabalhadores e as entidades verdadeiramente representativas. Enquanto se preocupam em homem vestir azul, mulher rosa, laranjas serem detentos e vermelhos burros ou jumentos, temos alguns números que precisamos refletir:
1) 13 milhões de pessoas desempregadas;
2) 17 milhões de pessoas vivendo de “bico” na informalidade;
3) 63 milhões de pessoas com nome sujo no SPC;
4) Endividamento empresarial recorde;
5) Déficit público de R$ 130 bilhões de reais;
6) Dívida pública superior a R$ 5,2 trilhões de reais;
7) 63.800 homicídios nos últimos 12 meses;
8) 60.000 estupros no mesmo período;
9) Além de dengue, chicungunha, malária e sarampo epidêmicos e um grave problema de atenção básica de saúde agravado pela saída dos médicos estrangeiros.
“O Brasil não precisa de mais guerras. O País precisa de soluções para enfrentar esses graves problemas apresentados. O discurso pacificador é necessário e isso caberá ao líder de nossa Nação. É momento de olhar para o coletivo, a fim de erradicarmos os principais problemas destrutivos ao povo. Oposição deve existir sim, mas para cobrar e apontar soluções”, avalia Daniel Lucas Oliveira, coordenador da Agência Grita São Paulo.