Ataque na escola estadual Thomazia Montoro levanta debate sobre a segurança nas unidades de ensino
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Somente no final do ano de 2022, foram registrados mais de cinco ataques e tentativas de atentados à escolas de vários estados brasileiros. Vale ressaltar: a maioria desses crimes são praticados por jovens que frequentavam as unidades de ensino. Infelizmente, a situação se repetiu na manhã desta segunda, dia 27 de março, quando um estudante de 13 anos atacou com golpes de faca quatro Professores e dois alunos da escola estadual Thomazia Montoro, localizada na Vila Sônia, Zona Sul de São Paulo.
Tragicamente, uma das Professoras atacadas veio a falecer após ser golpeada no momento em que realizava a chamada dos alunos. Elisabeth Tenreiro, 71 anos, trabalhava há pouco tempo na escola. A profissional chegou a ser levada ao Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), mas não resistiu. Elisabeth lecionava a matéria de ciências e trabalhou no Instituto Adolfo Lutz como técnica. Foi a partir de 2015 que passou a dar aulas.
Imagens das câmeras de segurança da unidade escolar mostram a Professora de Educação Física, Cíntia Cruz, imobilizando o aluno e o desarmando com a ajuda de uma colega. O responsável pelo crime, que chegou a sair da Thomazia Montoro, mas retornou neste ano letivo, foi levado para a delegacia. Estudantes entrevistados afirmaram que autor dos ataques já apresentava comportamentos violentos e também já havia ameaçado “matar todo mundo”.
As demais vítimas receberam atendimento rapidamente e estão estáveis. Um aluno em estado de choque recebeu atendimento e acompanhamento. As vítimas foram encaminhadas aos Hospitais das Clínicas, Bandeirantes, Universitário e São Luís.
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Desde o trágico massacre na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, em 2011, muitas outras escolas foram alvos de crimes violentos, incluindo o tiroteio na escola Raul Brasil, em Suzano, em 2019. Além disso, houve inúmeras ameaças de bomba, incêndio e outras formas de violência em escolas, o que tem aumentado a sensação de insegurança entre alunos, pais e Professores.
Lamentamos profundamente a morte da Professora Elisabeth e que ataques como estes venham se tornando cada vez mais comuns no Brasil. Medidas de segurança dos governos municipais, estaduais e federal precisam ser tomadas urgentemente. A redução da violência no ambiente escolar deve ser pauta de conscientização da população e estar presente no debates sobre a segurança e a Educação brasileira. Nossas mais sinceras condolências aos familiares e amigos da Professora Elisabete Tenreiro.