Comércio enfrentou o pior mês de setembro desde 2000, aponta IBGE
Segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada hoje (13) o comércio varejista brasileiro teve uma queda de 1,3% nas vendas de setembro em comparação com o mês de agosto. O cenário retrata o pior período desde os anos 2000, segundo Isabella Nunes, gerente de pesquisa do instituto.
Além disso, a pesquisa mostra vendas estagnadas no 3º trimestres, isso logo após uma alta expressiva de 2% referente ao mês de agosto. No consolidado do 3º trimestre, o setor apresentou estabilidade (estagnação) no comparativo com trimestre imediatamente anterior, após alta de 0,8% no segundo trimestre e de 1% nos primeiros três meses do ano. Já na comparação com o 3º trimestre do ano passado, houve avanço de 1%.
No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas recuou 1,5% em relação a agosto, descontando parte do avanço de 4,2% do mês anterior e contribuindo para que a média móvel do trimestre encerrado em setembro (0,8%) sinalizasse redução no ritmo das vendas, em relação à média móvel no trimestre encerrado em agosto (2,2%).
O recuo de 1,3% nas vendas do comércio varejista foi acompanhado por uma predominância de resultados negativos em seis das oito atividades pesquisadas: por ordem de magnitude de taxa, combustíveis e lubrificantes (-2,0%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,2%), artigos de uso pessoal e doméstico e livros, jornais, revistas e papelaria (ambos com -1,0%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,4%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,2%) influenciaram o resultado geral do varejo. Por outro lado, apresentando avanço nas vendas frente a agosto de 2018, figuram duas atividades: Móveis e eletrodomésticos (2,0%) e tecidos, vestuário e calçados (0,6%).