Operação Tritão prende presidente da estatal responsável pelo Porto de Santos

A Polícia Federal prendeu nesta quarta, dia 31 de outubro, o presidente da Companhia Docas de São Paulo (Codesp), estatal ligada ao Ministério dos Transportes, responsável pela administração do Porto de Santos. A prisão ocorreu na casa do gestor em Copacabana, no Rio de Janeiro. A ação se refere à Operação Tritão, que apura suspeitas de fraude em licitação e corrupção em contratos da estatal de R$ 37 milhões.

Além dele, mais cinco pessoas foram detidas e 20 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de São Paulo, Santos, Guarujá, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília. Ainda falta um mandado ser cumprido. A prisão de José Alex e das outras pessoas da lista da operação é temporária, com duração de cinco dias.

Presos:

  • José Alex Botelho de Oliva (Presidente Codesp)
  • Carlos Antônio de Souza (ex-assessor do presidente)
  • Cleveland Sampaio Lofrano (diretor de mercado da Codesp – citado no vídeo)
  • Gabriel Nogueira Eufrasio (diretor jurídico da Codesp)
  • Mario Jorge Paladino (empresário)
  • Joabe Franscico Barbosa (empresário)

Mandado de prisão:

  • Joelmir Francisco Barbosa (empresário)

A investigação começou em 2017 e teve a participação do Ministério Público Federal (MPF), da Controladoria Geral da União (CGU), do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Receita Federal.

Os investigadores analisaram contratos assinados pela Codesp em 2016 e encontraram irregularidades em três – para a digitalização e guarda de documentos; para aquisição de softwares e manutenção de computadores e de consultoria. Juntos, eles somam mais de R$ 37 milhões. Nas auditorias, técnicos da CGU e do TCU apontam diversas irregularidades, como fraude, favorecimento, superfaturamento e cartel entre empresas.

As suspeitas de irregularidades surgiram com um vídeo postado na internet no mês de setembro de 2016, no qual um assessor do presidente da estatal confessava a prática de diversos delitos ocorridos no âmbito daquela empresa. O inquérito teve início em novembro de 2017 após informação sobre o conteúdo do vídeo ser enviada pelo Ministério Público Federal à PF, para que fosse feita uma investigação policial a partir dos fatos que ele narra.

As investigações apontam irregularidades em vários contratos, que seriam realizadas por meio de fraudes envolvendo agentes públicos ligados à estatal e empresários. Contratações antieconômicas e direcionadas, aquisições desnecessárias e ações adotadas para simular a realização de serviços estão entre as irregularidades.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de associação criminosa, fraude a licitações, peculato, corrupção ativa e passiva, com penas de 1 a 12 anos de prisão.

Fonte: G1

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