Lilás | Campanha alerta sobre prevenção e sintomas do câncer de colo do útero

No mês da mulher, a campanha Março Lilás vem para mostrar a importância da prevenção contra o câncer do colo do útero, terceiro tumor maligno mais comum entre pessoas do sexo feminino. Para 2021, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 16.590 novos casos da doença no Brasil. O tumor, também chamado de câncer cervical, está entre os cânceres ginecológicos e tem como principal causa o Papilomavírus Humano (HPV). A campanha pretende mostrar a importância da vacinação e do exame papanicolau.

PREVENÇÃO

O uso de preservativo durante as relações sexuais é fundamental para diminuir o risco de transmissão e infecção pelo papilomavírus humano. A transmissão também pode ocorrer no parto.

Atualmente, existe a vacina contra o HPV. Ela é indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, além de pessoas que vivem com HIV e indivíduos transplantados na faixa etária de 9 a 26 anos. A vacinação é medida preventiva, não sendo eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes.

A vacinação, o uso de preservativos em todas as relações sexuais e a realização periódica do exame preventivo são as medidas indicadas para prevenção do câncer de colo de útero.

SINTOMAS

Os sintomas são corrimento vaginal amarelado com odor desagradável, sangramentos menstruais irregulares e sangramento após a relação sexual, além de dores na região do baixo ventre.

Nos estágios mais avançados, a paciente pode apresentar dores pélvicas de forte intensidade, anemia, dores em região lombar, alterações miccionais e no hábito intestinal.

TRATAMENTO

O oncologista do Hospital do Câncer Anchieta, Marcos França, destaca que a prevenção é a melhor estratégia. “A avaliação anual e regular com um ginecologista, com a coleta do material do preventivo pode promover a detecção nas fases iniciais da doença, inclusive antes do desenvolvimento do tumor propriamente dito”, explica.

Além da prevenção, diversos tratamentos podem ajudar, sobretudo quando já houver diagnóstico do tumor. Segundo o oncologista, as opções são procedimentos cirúrgicos, radioterapia, quimioterapia, braquiterapia (tipo de radioterapia interna, na qual o material radioativo é inserido dentro ou na região próxima ao órgão a ser tratado) ou a combinação dessas estratégias.

França conta que, atualmente, existem tratamentos mais modernos para combater o câncer. Ele cita, por exemplo, o uso de novas medicações como os anticorpos monoclonais, que destroem as células tumorais e impedem que o tumor promova o desenvolvimento de vasos sanguíneos para si.

“Mais recentemente, novos estudos mostraram a eficácia da imunoterapia também contra esse tipo de tumor. O tratamento tem por objetivo melhorar o sistema de defesa da paciente para que as próprias células do sistema imunitário combatam a lesão tumoral”, aponta.

A doença é silenciosa em grande parte das vezes, algumas pessoas sequer sabem que são portadoras do vírus, mas isso não impede que o transmitam. Apesar de silencioso, o câncer do colo do útero possui altas chances de cura se identificado no estágio inicial, por isso a importância de manter uma rotina regular de exames e consultas. O Março Lilás visa alertas homens e mulheres, pois a informação e a prevenção são sempre benéficas à saúde!

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