O que o sindicalismo brasileiro não fez?

As novas tecnologias chegaram sem pedir licença. Elas invadiram as nossas vidas, lares, empresas, instituições, entre outros. Alguns acompanharam essas transformações e logo passaram a dominar. Outros demoraram um pouco e muitos perderam tempo e, consequentemente clientes, parceiros, associados, etc.

Tratar de um assunto tão amplo assim sem conhecimento de 08causa seria uma irresponsabilidade enorme. Mas gostaria de delimitar, focar no movimento sindical, pois atuo nele desde 2006. Infelizmente, em pleno 2018 muitas instituições estão fora das redes sociais e, para piorar, não têm site ou veículos oficiais para se comunicar com os trabalhadores que representam. Desse quadro trágico, temos dois grupos: 1) Aqueles que nunca fizeram nada mesmo; 2) Aqueles que fazem muito e não divulgam.

O grande ganho com as novas tecnologias são o que elas nos proporcionam. A principal é a política de relacionamento. Ou seja, a instituição sindical precisa utilizar os seus veículos de comunicação, sendo hoje quase todos digitais, e garimpar os trabalhadores em suas bases. Precisa responder os inbox, comentários (sejam elogios ou críticas) e trazer os companheiros para participar da vida da entidade.

A política de relacionamento defendida pela Agência de Comunicação Grita São Paulo, no mercado desde 2011, e que já prestou serviços para mais de 130 entidades sindicais de todo o País, funciona. Mas funciona desde que haja um engajamento dos dirigentes sindicais com o apoio de uma empresa especializada. Quando se cria um relacionamento permanente, sem dúvida alguma, se estabelece uma relação de confiança. Pode rolar o que for na rádio peão, mas o trabalhador vai buscar informações com aquele que dedicou o seu tempo para responder as coisas mais “irrelevantes”.

Política de relacionamento com o trabalhador traz resultados sim, desde que o interessado tenha plena consciência de seu papel como ator político. É preciso fornecer o WhatsApp. Responder sempre que possível. Os presidentes de Sindicatos precisam receber os trabalhadores em suas salas, servir café, água, etc. O dirigente sindical deve sim ser paciente às perguntas mais simples e óbvias. Sem relacionamento com essas novas tecnologias, qualquer instituição morre ou viverá sempre na UTI.

Conhecimento nunca é demais. Ouça os amigos, empresas e converse com a sua diretoria. Veja o que pode ser melhorado. Evolua sempre, porque quem fica estacionado perde tempo, direitos e confiança. Todo dirigente sindical tem como missão criar, fortalecer e tornar permanente seu relacionamento com os trabalhadores. Muitos direitos foram perdidos porque os relacionamentos nunca existiram e quando falta proximidade o distanciamento ganha forças.

O que o sindicalismo brasileiro não fez?
Deixou de criar relacionamentos enraizados com as suas bases, distanciando-se de suas origens!

Pense nisso!

Daniel Lucas Oliveira

Jornalista formado!

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