Segundo estudo, adoçante não ajuda a emagrecer ou melhorar a saúde
Mais um banho de água fria para aqueles que desejam emagrecer sem sofrimento. Apesar de há muito tempo se saber que não existem evidências de que o adoçante seja mais saudável que o açúcar, agora um novo estudo indica que ele nem ao menos ajuda a diminuir o peso. Estudo realizado pelo grupo de pesquisa internacional Cochrane a pedido da OMS (Organização Mundial da Saúde) relata que em comparação com o açúcar, não há evidências convincentes de que os adoçantes ajudem a perder peso, embora ressalte que mais pesquisas ainda são necessárias para embasar essa afirmação.
Em entrevista ao R7, o endocrinologista Renato Zilli, do Hospital Sírio-Libanês, alerta para outros riscos que vem desta substituição. “O gosto doce no cérebro faz com que a pessoa deseje alimentos mais doces. Existem estudos que ligam adoçantes a compulsão alimentar, diabetes, ganho de peso e doenças crônicas”. Em tempo, vale acrescentar que uma equipe da Universidade de Sydney, na Austrália, acrescenta: eles podem aumentar a sensação de fome.
E AFINAL, AÇÚCAR OU ADOÇANTE? – “Não há uma resposta definitiva”, segundo Rodrigo Polesso, especialista em emagrecimento e Nutrição Otimizada para a Saúde e o Bem-Estar pela Universidade Estadual de San Diego (EUA). “Alguns estudos mostram que ao beber bebidas com açúcar, as pessoas tendem a ter menor IMC (índice de massa corpórea) do que as que usam adoçantes artificiais. Mas para emagrecer de fato, nem um nem o outro são indicados.”
Quem define os níveis de Ingestão Diária Aceitável (IDA) de adoçantes é a JECFA (Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives), que faz parte da OMS. Os limites são:
Sacarina – 2,5mg/kg de peso do corpo.
Ciclamato – 11mg/kg de peso.
Aspartame – 40mg/kg de peso.
Acessulfame-K- 15mg/kg de peso.
Steviosídeo – 5,5 mg/kg de peso.
Sucralose –15 mg/kg de peso.