Tribunal de Contas confirma | Faltam mais de 2 mil médicos na capital paulista
Relatório do Tribunal de Contas do Município (TCM) de São Paulo apresenta números alarmantes para a saúde paulistana. Segundo o documento, faltam médicos nos hospitais municipais. Nas 11 unidades faltam 2.225 profissionais de todas as especialidades para atender a população. O número equivale a um déficit de 55% no total de médicos necessários. Os números são do estudo de todo ano de 2018.
Em segundo lugar, também faltam outros profissionais. Faltam cerca de 2.800 enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, 109 fisioterapeutas, 83 farmacêuticos e 76 psicólogos. Em síntese, a Autarquia Hospitalar Municipal, responsável pela gestão dos hospitais da cidade, está com apenas 60% de todos os seus cargos ocupados.
O resultado deste déficit é um impacto negativo no atendimento à população. Eventualmente ss filas de espera das unidades se tornam ainda maiores. O TCM alerta, inegavelmente, que a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) não cumpriu a determinação do Tribunal de Contas em efetivar novas contratações de profissionais por concurso público.
Por mais que tenha convocado médicos aprovados no concurso homologado em fevereiro do ano passado, outrossim, estes profissionais apenas substituíram outros que estavam contratados de forma emergencial.
A fiscalização do TCM apurou a situação de 11 hospitais administrados pela autarquia:
Arthur Ribeiro de Saboya;
Alexandre Zaio;
Benedicto Montenegro;
Cármino Caricchio;
Ignácio Proença de Gouvêa;
José Soares Hungria;
Dr. Mario Degni;
Tide Setubal;
Waldomiro de Paula;
Prof. Dr. Alípio Correa Netto;
Fernando Mauro Pires da Rocha.
Falta todo tipo de apoio
Em contrapartida, o total de reclamações da população também aumentou em 2018 em relação aos dois anos anteriores. Foram 3.621 reclamações no ano passado, contra 3.477, em 2017, e 3.062, em 2016.
Problemas de manutenção também têm ficado sem a devida atenção da gestão Covas. Dos R$ 6,7 milhões orçados para investimentos em reformas e revitalização de unidades, em 2018, apenas R$ 268 mil foram gastos, o que equivale a 4% do orçamento com essa finalidade. Assim também, para o ano passado, estavam previstas reformas nos Hospital Municipal Prof. Dr. Alípio Correa Netto, Hospital Municipal Waldomiro de Paula e Hospital Municipal Ignácio Proença de Gouvêa. Mas nenhum centavo foi gasto nessas obras.