YouTube | Plataforma muda suas políticas e exclui conteúdos conspiratórios

O YouTube anunciou na última semana uma mudança importante em sua política de moderação de vídeos. A plataforma começará a proibir conteúdos que contenham teorias da conspiração que promovam atos violentos no mundo real. Antes mesmo das novas regras serem divulgadas, a empresa já tinha derrubado milhares de conteúdos perigosos e centenas de canais promotores de tais ideias.

Segundo informações do The Verge, a empresa emitiu um comunicado no qual explica que as políticas sobre ódio e assédio passaram por alterações e agora proíbem conteúdos direcionados a um indivíduo ou grupo que sofra violência em decorrência de teorias conspiratórias.

SEGURANÇA VIRTUAL

O YouTube revelou também ter retirado do ar vídeos relacionados com o grupo conspiracionista americano QAnon, em especial aqueles que ameaçavam explicitamente indivíduos e que negam e existência de grandes eventos históricos. Algumas redes sociais, como o Facebook e o Instagram, também baniram conteúdos relacionados ao movimento. A plataforma de vídeos disse ainda que a decisão é resultado de uma iniciativa de anos com o objetivo de reduzir a desinformação.

A partir de hoje estamos expandindo nossas políticas sobre ódio e assédio para proibir conteúdos que são direcionados para um indivíduo ou grupo com teorias conspiratórias que foram utilizadas para justificar violência no mundo real”, afirmou a empresa em comunicado.

As regras impostas pelo Facebook foram mais duras, com a remoção de todos os perfis ligados ao movimento, mesmo que não possuam conteúdos violentos. Já o Twitter deixou de recomendar qualquer conteúdo ligado ao QAnon, bloqueando links associados a essa teoria na plataforma.

SOBRE A QANON

A teoria da conspiração QAnon teve início em outubro de 2017 em um fórum do 4chan após um usuário anônimo conhecido como “Q” publicar acusações sobre um suposto esquema de pedofilia entre políticos do Partido Democrata e celebridades. Nessa narrativa, o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, teria sido escolhido por um exército secreto para combater os governantes ocultos do mundo envolvidos nesse esquema. A teoria já tem algum impacto no Brasil, com afirmações infundadas de que o presidente Jair Bolsonaro também seria um dos escolhidos, ainda que não seja citado na versão original.

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