Bolsonaro mostra completo desequilíbrio ao menosprezar a pandemia da Covid-19

Vamos refletir um pouco. Esqueça em quem você votou por um só momento. Não queremos falar aqui sobre quem é ou não melhor preparado para o Governo. É hora de analisar as atitudes do presidente Jair Bolsonaro sem quaisquer pré-conceitos. E, para isso, prova do desequilíbrio da autoridade máxima do País, analisemos não todas as suas duvidosas atitudes no último mês, mas isoladamente o discurso de ontem (29), em Brasília.

Temos um problema do vírus? Temos. Ninguém nega isso daí. Devemos tomar os devidos cuidados com os mais velhos, com as pessoas do grupo de risco. Agora, o emprego é essencial.

Em síntese, essa é mais uma de suas falas contra o isolamento social mais geral, defendido por autoridades de saúde do mundo inteiro. Apesar do grande esforço do Ministério da Saúde, órgão responsável por gerir toda essa crise no Brasil, ele nada contra a maré e duvida da eficácia de tal atitude.

Não foi só isso

Mas antes se mantivesse apenas nisso. Ele usa cadeia de rádio e televisão para espalhar suas crenças (o termo que usaremos aqui é desequilíbrio mesmo). Não segue as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde), apesar dele próprio ter tido de fazer dois exames para diagnosticar possível contágio por Coronavírus.

Em seu passeio, justificado pelo presidente como necessário para conhecer as necessidades do povo, disse que não anunciou sua visita previamente. Questionado pela imprensa que o simples fato de sair já ocasiona aglomerações, ele se esquivou e não respondeu. Aliás, respondeu até o que ninguém perguntou.

Essa é uma realidade, o vírus tá aí. Vamos ter que enfrentá-lo, mas enfrentar como homem, porra. Não como um moleque. Vamos enfrentar o vírus com a realidade. É a vida. Todos nós iremos morrer um dia. Queremos poupar a vida? Queremos. Na parte da economia, o Paulo Guedes tá gastando dezenas de bilhões de reais, que é do Orçamento, que é dinheiro do povo, se bem que nem dinheiro é. Pegamos autorização do Congresso para estourar o teto, que vai ser paga essa conta lá na frente.

O que pensar?

Primeiramente, fica evidente o despreparo e real desiquilíbrio de Bolsonaro. “Mas ele está recebendo muita pressão”, você pode comentar. Claro que está. Ele é o chefe do Estado. Mas antes de prezar pela economia, ele deve ser capaz de zelar por vidas. As declarações acima destacadas não saíram sobre coerção. É o que ele pensa, lamentavelmente.

O mais triste? Muita gente acredita. Milhões de brasileiros, neste exato momento, não estão se cuidando de maneira adequada por instruções incorretas passadas pelo nosso líder máximo. Infelizmente, tal comportamento mostra que quem não está enfrentando a situação como homem é ele. Sem qualquer formação em medicina ou na área da Saúde, quer ter a palavra final. Só que o preço a pagar é realmente muito caro.

Wellington Torres

Editor da AGSP. Jornalista de coração e alma, pós-graduado em Assessoria de Comunicação e Mídias Digitais (Anhembi Morumbi) e em Marketing/Analytics (Anhanguera). Heavy user de redes sociais e fã de tecnologia. "Agora eu tenho visto" 🇺🇸 #LetsgotoUSA2025

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