BOLSONARO – Um pensamento contrário ao da preservação ambiental

Jair Messias Bolsonaro tem sentido a pressão nacional e internacional pelo aumento do desmatamento e queimadas na Floresta Amazônica. A intensidade das cobranças fica ainda mais evidente após a autoridade mudar o discurso e amenizar suas falas sobre o problema aclamado e carente de soluções concretas. Sem dúvida alguma, o tema movimentou o Congresso Nacional e fez cair a popularidade do “Messias”.

Mas o pensamento de Bolsonaro sobre as questões ambientais sempre foi claro e direito. Em dezembro passado, o líder nacional fez duras críticas em discurso nas redes sociais ao que chama de indústria da multa ambiental. Segundo, ele as multas são extorsivas, há capricho por parte de fiscais do Ibama e que a licença ambiental atrapalha a execução de obras de infraestrutura.

Por pesca ilegal numa estação ecológica (PROTEGIDA POR LEI) em 2012, Bolsonaro foi multado em R$ 10 mil pelo Ibama. Houve uma investigação na PGR (Procuradoria-Geral da República), em Brasília. Uma denúncia contra Bolsonaro foi apresentada, porém o caso foi arquivado pelo Supremo (STF). Veja o pensamento do presidenciável:

Você, por exemplo, foi pescar e passou perto de uma área de proteção ambiental. Você é multado por ato tendente. Porque ao passar por aquela área, o fiscal entende que você iria pescar naquela região e taca-lhe uma multa em cima de você. Isso é comum. Vi muitas multas nesse sentido para pescadores pobres da baía de Angras dos Reis. (…) Inacreditável que isso aconteça no Brasil. Um capricho por parte desses fiscais, de alguns fiscais do Ibama que não podem, no meu entender, continuar agindo dessa maneira. Então vamos acertar a questão por ato tendente.

Sobre as licenças ambientais, Bolsonaro disse à época: “E essa questão ambiental, quando se fala em licença ambiental, e é obrigado a derrubar uma árvore que ela está ameaçando cair. É uma dificuldade para conseguir essa licença. E toma multa caso derrube essa árvore sem a devida licença e autorização para tal. Então essa questão de licença ambiental atrapalha quando um prefeito, governador, presidente, quer fazer uma obra de infraestrutura, uma estrada, por exemplo, quer rasgar uma estrada, quer duplicar. São problemas infindáveis. Isso acontece muito na região amazônica”.

Mediante a falas, afirmações e pensamentos ambientais de Bolsonaro, tudo o que ocorre no momento na Floresta Amazônica já era anunciado. Ao contrário de Bolsonaro, Marina Silva, quando foi ministra do Meio Ambiente, apertou o cerco, com o aumento da fiscalização, dificultava licenças e exigia mais explicações. Resultado: o desmatamento foi menor em 83%. Bolsonaro precisa ser barrado, até porque, segundo Marina Silva, especialista no assunto, crimes ambientais estão sendo cometidos.

Daniel Lucas Oliveira

Jornalista formado!

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