Brasil registra mais de 100 casos de Sarampo só no 1º semestre de 2019

O Ministério da Saúde (MS) confirma 31 novos casos de sarampo no Brasil. Os dados são do último boletim epidemiológico. A maioria dos casos é do estado de São Paulo. No total, o Brasil tem 123 casos confirmados em 2019. Mas não somos só nós que sofremos com o avanço desta doença, até então controlada pela vacinação. Os Estados Unidos, por exemplo, registram mais de mil casos de sarampo no pior surto desde 1992! Umas das grandes culpadas por isso é a ignorância. Segundo o governo americano, as vítimas relatam desconhecer as vacinas ou são contra o uso das mesmas.

Ainda há 348 casos notificados de sarampo sendo investigados. Mesmo com tamanha repercussão mundial do tema, o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta descartou uma campanha nacional de vacinação. Entretanto, garantiu que os estados que solicitarem a vacina ao governo a receberão rapidamente. Grande motivador do surto é o fato dos pais não vacinarem seus filhos por medo, por exemplo, de que a vacina tríplice viral poderia provocar autismo nas crianças. Mas esta hipótese já foi rechaçada entre os cientistas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “não há evidência que sugira que qualquer vacina infantil possa aumentar o risco de TEA [Transtorno do Espectro Autista]”.

SINTOMAS

Os sintomas iniciais são: febre acompanhada de tosse persistente; irritação ocular; coriza; congestão nasal; e mal estar intenso. Após estes sintomas, há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. São comuns lesões muito dolorosas na boca. A doença pode ser grave, com acometimento do sistema nervoso central e pode complicar com infecções secundárias como pneumonia, podendo levar à morte.

As complicações atingem mais gravemente os desnutridos, os recém-nascidos, as gestantes e as pessoas portadoras de imunodeficiências.

PREVENÇÃO

A única forma de prevenção é a vacinação. Apenas os lactentes cujas mães já tiveram sarampo ou foram vacinadas possuem, temporariamente, anticorpos transmitidos pela placenta, que conferem imunidade geralmente ao longo do primeiro ano de vida (o que pode interferir na resposta à vacinação). As crianças devem tomar duas doses da vacina combinada contra rubéola, sarampo e caxumba (tríplice viral): a primeira, com um ano de idade; a segunda dose, entre quatro e seis anos. Os adolescentes, adultos (homens e mulheres) e, principalmente, no contexto atual do risco de importação de casos, os pertencentes ao grupo de risco, também devem tomar a vacina tríplice viral ou dupla viral (contra sarampo e rubéola).

SAIBA MAIS DA DOENÇA DIRETAMENTE NO SITE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Wellington Torres

Editor da AGSP. Jornalista de coração e alma, pós-graduado em Assessoria de Comunicação e Mídias Digitais (Anhembi Morumbi) e em Marketing/Analytics (Anhanguera). Heavy user de redes sociais e fã de tecnologia. "Agora eu tenho visto" 🇺🇸 #LetsgotoUSA2025

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