Centrais Sindicais debatem desafios e planejam ações unitárias em São Paulo
O mundo do trabalho vem sendo destaque em Brasília desde a queda da presidente Dilma Rousseff. Os direitos trabalhistas são retirados corriqueiramente e cada vez mais a classe sofre com políticas retrógradas, perseguições e são vítimas do favorecimento escancarado, exclusivamente, ao segmento empresarial. As entidades sindicais tentam resistir, mas encontram dificuldades na organização e falta de representantes no parlamento para barrar tais medidas.
Mesmo assim, as Centrais Sindicais (CUT, CGTB, CSB, CSP Conlutas, CTB, Força Sindical, Intersindical, Nova Central Sindical e UGT) se reuniram ontem (21), no Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no Centro de São Paulo, para definir ações conjuntas em prol da classe trabalhadora.
O objetivo do encontro foi propor ações unificadas de luta em defesa dos trabalhadores que vêm sendo atacados pelo Governo com pautas bombas, como a reforma da Previdência, a MP 881 da Liberdade Econômica ou minirreforma Trabalhista, desconto sindical, demissão de Servidores públicos, regulamentação do direito de greve dos Servidores, MP FGTS, salário mínimo e a revisão das Normas Regulamentadoras (NRs). Além disso, os dirigentes discutiram também a reforma Tributária, novas leis de Licitação e mudanças nas regras do orçamento da União.
“A proposta aqui é para tomarmos conhecimento do que está acontecendo e saber o tamanho dos nossos desafios”, afirmou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, que complementou: “A gente teria motivo de sobra para anunciar uma greve geral, mas não é simples assim porque ainda estamos colhendo os efeitos da última greve no dia 14 de junho, como demissões e multas milionárias, mas temos que dar respostas ao que está colocado para a classe trabalhadora”.
O dirigente propôs um calendário de lutas e os representantes das Centrais Sindicais levarão para suas entidades e discutirão democraticamente se apoiam ou não. Na próxima segunda-feira (26), a CUT e demais centrais voltarão a se reunir e bater martelo quanto às datas de mobilizações nacionais unificadas.
A Agência Grita São Paulo está ligada no próximo encontro e trará todos os detalhes!
Foto: Roberto Parizotti