Ciro acredita em uma oposição consistente com o fortalecimento da centro-esquerda
Ciro Gomes, terceiro colocado na eleição para a presidência do País, articula uma oposição legítima ao presidente eleito Jair Messias Bolsonaro (PSL) no Congresso Nacional. A ideia é estabelecer uma aliança entre o PSB, PSDB, PPS e DEM, pois os partidos não pretendem aderir à base aliada do capitão reformado.
Segundo Ciro, Bolsonaro deverá contar com o apoio de 175 deputados federais na próxima legislatura (2019-2023). A oposição, formada pela esquerda, conta com 90 parlamentar, mas a ideia estratégica seria elevar o número para pelo menos 120.
“O objetivo é ampliar a centro-esquerda. Eu imagino que o PSDB não vai querer se associar ao PT e, pelo menos, a parte mais sadia da sigla não vai querer se associar ao Bolsonaro. E por antipetismo vamos ficar longe deles?”, indagou Ciro ao jornal Folha de São Paulo.
Ciro reitera que não exclui a participação de petistas no movimento, mas criticou a formação de uma frente de esquerda articulada pelo partido. Sem aliviar nas palavras, o pedetista enfatizou que seria uma “mentira da burocracia petista” para enganar “abestados”. “Francamente, não excluo o PT. Apenas não podemos permitir que o PT venha exercitar a sua fraude em cima desse momento tão crítico do País”, disse.
A ideia de Ciro é que o movimento de centro-esquerda funcione como uma “guarda da institucionalidade democrática”, protegendo o interesse nacional e os direitos das classes mais pobres. Na próxima semana, Ciro poderá visitar Brasília para intensificar as conversas a fim de sacramentar o movimento.