Estudo sugere que quanto mais caro o carro, menos paciente é seu motorista
A revista científica americana Journal of Transport and Health divulgou, em março de 2020, um estudo, no mínimo, curioso. Realizado por pesquisadores da Universidade de Nevada, nos Estados Unidos, a publicação, através de uma pesquisa realizada com 461 pessoas, aponta que donos de carros mais caros têm menos paciência com pedestres. E tem mais: a cada US$ 1.000 de aumento no preço do carro, as chances de o motorista dar a vez a um transeunte ficam 3% menores.
Em média, apenas 28% dos motoristas paravam para esperar os pedestres. Mas o mais interessante é que essa probabilidade depende do quão sofisticado é o veículo. A Revista Super (Editora Abril) realizou um estudo sobre ética no trânsito bem interessante para quem quiser ver algo mais ou menos similar feito aqui no Brasil. Decididamente, a questão financeira e social impacta no comportamento ao volante.
Pontos importantes do estudo
- 1) Primeiramente, foi examinado o comportamento do condutor por cor da pele, sexo e custo do carro.
- 2) A taxa geral de rendimento de pedestres em uma faixa de pedestres no meio do quarteirão foi de cerca de 28%.
- 3) Motoristas de carros de custo mais alto eram menos propensos a ceder aos pedestres em uma faixa de pedestres no meio do quarteirão.
- 4) Em síntese, as intervenções devem educar os motoristas sobre sua responsabilidade de ceder aos pedestres.
Veículos paravam mais para homens e mulheres brancos (31% das vezes). Para homens negros, essa taxa caía para 24% – e era de 25% para mulheres negras. Os cientistas obtiveram esses resultados colocando voluntários para atravessar ruas de Las Vegas repetidas vezes, enquanto analisavam a resposta de 461 motoristas.
De acordo com os pesquisadores do estudo, uma possível explicação para esse fenômeno é que usuários de carrões “tenham um senso de superioridade sobre os passantes”.
E você, concorda com isso?
Clique aqui e leia o estudo na íntegra (em inglês)