Uma “Justiça” que persiste em agir injustamente
Já virou rotina do brasileiro ligar a sua televisão ou rádio, abrir um site de notícias ou ler nas manchetes dos jornais impressos alguma “lambança” das autoridades judiciárias do Brasil. Somos bombardeados com fatos verídicos e comprovados de corrupção, roubos e mentiras que são facilmente varridos para baixo do tapete de nossa competente e sincera “Justiça”. Acordos milionários, cargos e promessas que são feitas nos bastidores podem comprar a liberdade, imunidade e uma ficha totalmente apagada de suspeitas e denúncias.
A escória da população de nossa Nação não está nos becos em que tememos passar durante a noite com medo de alguém levar nossos pertences. Está nas mais altas posições políticas e empresariais. Temos que conviver com uma capital federal coberta de impunidade, egoísmo e egos que são maiores de que as contas bancárias internacionais. Tudo isso resulta em um País desestruturado, com habitantes desamparados e
sem perspectiva de melhores condições e uma riqueza que nunca chega aos verdadeiros filhos da Pátria.
Neste ano, o índice de confiança na Justiça brasileira, medido pela FGV/SP (Fundação Getúlio Vargas), foi de apenas 24%, cinco pontos a menos do ano anterior (2016). A pesquisa comprova a descrença do povo em seus governantes. A mudança mais clara deveria ocorrer nas urnas, de forma democrática. Mas, depois de presenciar um golpe parlamentar melhor elaborado do que um episódio de House of Cards, fica difícil de acreditar em uma só pessoa que queira ingressar no meio político. Estamos em um deserto de sinceridade!