Bolsonaro dá como certa a realização da Fórmula 1 no Rio de Janeiro
Fórmula 1 é o assunto da vez para o presidente Jair Bolsonaro, que saiu com mais uma declaração polêmica nesta segunda (24). A de agora refere-se a cidade sede no Brasil do Grande Prêmio (GP) da Fórmula 1. A prova é realizada desde 1.990 no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Porém, o contrato da empresa que administra a Fórmula 1 com São Paulo, vence em 2020. Isso mesmo com governo paulista tendo interesse em renovar o contrato. Mas ao que tudo indica, há um grande movimento para a mudança para o Rio de Janeiro.
O que disse o presidente
“Nós não perderemos a Fórmula 1. O contrato vence no ano que vem com São Paulo e eles resolveram retornar a Fórmula 1 para o Rio de Janeiro. Obviamente, ou seria isso ou seria isso a saída do Brasil. […] Noventa e nove por cento de chance, ou mais, de termos a Fórmula 1 a partir de 2021 no Rio de Janeiro”.
Em maio, Bolsonaro disse que o GP do Brasil passaria a ser realizado no Rio de Janeiro. Eventualmente o lugar? Um autódromo a ser construído em Deodoro, na Zona Norte da cidade. Um termo de cooperação entre ele, o governador e o prefeito do Rio de Janeiro Wilson Witzel e Marcelo Crivella, respectivamente, foi assinado. Mas o governador de São Paulo, João Doria, não “abrirá mão” da prova.
O que disse o governador de SP (maio/2019)
“Não abriremos mão da Fórmula 1 em São Paulo. Respeitamos o direito do Rio de Janeiro, mas não me parece uma iniciativa viável economicamente e suponho que haveria uma reação contrária dos pilotos, que entendem que Interlagos é um dos cinco melhores autódromos do mundo”.
O Governo afirma que em São Paulo o público máximo é de 60 mil espectadores. A prova, se confirmada no autódromo do Rio, poderá receber 130 mil pessoas. Bolsonaro destacou que será uma pista multiuso, com previsão de “zero” financiamento público para a obra. Wilson Witzel, ao lado de Bolsonaro, declarou que a intenção é ter o autódromo concluído no próximo ano.
Questionado nesta segunda se acredita que João Doria ficará “chateado” com a transferência, Bolsonaro declarou que, se o tucano é pré-candidato à presidência em 2022, deve “pensar no Brasil e não no seu estado”.