Defesa do ex-presidente Lula entra com pedido de liberdade no Supremo Tribunal Federal
Não demorou muito para enfim ser solicitada a liberdade ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Conforme havíamos comentado anteriormente (relembre), o PT (Partido dos Trabalhadores) havia deixado claro que após a saída de Sérgio Moro iria ingressar com solicitação para a nulidade do caso contra Lula. Segundo os advogados que entraram hoje (5) no STF (Supremo Tribunal Federal), Moro teria perdido a sua imparcialidade.
MAIS DETALHES – O pedido tem caráter liminar, o que significa que caso venha a ser aceito, a soltura de Lula deve ser imediata. A equipe jurídica do ex-presidente pontua no habeas corpus diversos fatores importantes para serem considerados neste pedido e alfineta o futuro ministro da Justiça Moro. “A história não acaba em 2018. Juízes justiceiros vêm e vão. O Supremo Tribunal Federal permanece”.
O texto do pedido, com um total de 73 páginas, destaca momentos que justificam a nulidade do processo. “A formalização do ingresso do juiz no cenário político – em ostensiva oposição a Lula – torna ainda mais necessária uma análise retrospectiva de sua conduta em relação ao ex-presidente”.
“Moro compareceu a sucessivos eventos organizados por adversários políticos do Paciente, mas nunca por seus correligionários, (v) abandonou suas férias, em plena manhã de domingo, para despachar quando não havia sido convidado, tão somente para impedir a soltura do Paciente, (vi) levantou parcialmente o sigilo de delação premiada que prejudicava o Paciente às vésperas do primeiro turno das eleições presidenciais, (vii) aceitou servir como Ministro de Estado do principal opositor político do Paciente; tudo isso sem esquecer de que (viii) conferiu apoio público à manifestação realizada contra a agremiação partidária do Paciente, ainda em 2016”, afirma a defesa.
E QUANTO AO MORO? – Ele solicitou férias a partir de hoje (5) à Corregedoria da Justiça Federal da 4ª Região e com isso se afasta da Operação Lava Jato. Tal atitude, segundo depoimento do magistrado ao UOL, deve evitar “controvérsias desnecessárias”. Para assumir o posto de novo ministro do governo Bolsonaro, ele pedirá exoneração do cargo ocupado até o momento, mas o fará apenas poucos momentos antes de 1º de janeiro.
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